Traves e afins
Começo assim este artigo, resolvi que fica bem.
Ando cansada, descobri hoje que esta frase nunca cai em desuso.
Escrito isto, espero estar redimida da minha falta de assiduidade.
Os leitores deste pasquim andam muito estranhos. Confundem a Floribela (aquela que usa umas saias cheia de folhos e é personagem principal de novela para atrasados mentais) com a realidade real, passe a redundância, que isto de realidade já não é o que era. Agora é tudo virtual!
Vem este relambório todo a propósito dos comentários deixados em artigo anterior e que urgentemente necessitam de esclarecimento.
Começarei pela caríssima C, leitora assídua deste pasquim, cujos comentários me deixaram de cara à banda. Passo a citar o último: “Imaginava já que tivesse ido em busca de um qualquer sapato de salto alto, que tivesse voado com o vento.
Teríamos então argumento para um novo e original remake, chamado "Shoe... gone with the wind", que é como quem traduz para português: "E tudo o vento leva... inclusive sapatos desprevenidos".
Mas afinal não... a culpa é das traves!
Desenganem-se os menos audazes, porque não falamos de traves de futebol, não.
A coisa é muito mais picante e o problema foi mesmo... a trave do leito.
Bem, fingi que acreditei que a culpa foi do pobre e desgraçado do mosquito.
Até aqui tudo bem, mas esclareça-me se é que consegue: vai experimentar com o colchão ao alto?
Vai tentar partir nova trave?
E como vai parti-la... ao alto?!
Fazer o pino impõe-se?
Dúvidas, nada existenciais, apenas sexuais!!!”
Caríssima, o que anda a beber? O seu comentário é um autêntico devaneio!
Tentarei esclarecer já que não estou aqui para outra coisa.
Não é qualquer vento que me leva o salto alto mas de fitas percebo eu e esse argumento, minha amiga, não é mal lembrado, debruçar-me-ei sobre ele numa outra altura. É mais premente a resposta às suas dúvidas sexuais.
Após exaustiva análise, concluo que a culpa é mesmo do mosquito. Com trave, sem ela, no leito, com colchão ou sem ele, ao alto ou na horizontal, ele ferra! Por isso, minha cara, a culpa é mesmo do mosquito!
Fazer o pino? Ah, sim, e já agora a cambalhota. Um bocado de acrobacia impressiona mosquitos incautos. Esclarecida ou nem por isso?
Leitor, o Pedro, Alex também, diz assim: “Ai cara Dra, como a compreendo, sim porque isto de línguas tem que se lhe diga, não é pra um pobre Gervásio.
Aliás, do uso que dou à minha só me apetece dizer:
- Gervásio, sua anta, nunca aprendeu o verbo negar... negue homem, negue até que a sua língua lhe doa.”
Estou impressionada! Mas nego tudo. Não sei, não estive e não fui eu. E se insistirem, amuo!
Leitora assídua de Maria há Muitas escreveu assim: “Vem uma pessoa de férias e dá de caras com problema tão sério. O pobre Gervásio, nem fez nada, tadinho...isso é passado...o que conta é o presente e a outra já era....foi há horas atrás....nem teve importância....
Isto há mesmo mulheres esquisitas, que não compreendem os homens...e pôr o coitado na rua!!!onde já se viu...”
Minha cara, até eu estou com pena dele. Irra que há mulheres sem escrúpulos. Ainda se ao menos o tivesse deixado no sofá. Em dia de trave ao alto e mosquitos no tecto, sempre dava para o gasto.
Foskas de seu nome comentou assim: “Afinal o que é que o Gervásio adquiriu ? Um carro novo não dá com a língua nos ditos...
Uma televisão, tão pouco
Esta mania do consumismo...”
Uma trave, meu caro! Com língua a dar nos (sub) e (sobre)ditos. O pobre Gervásio não estava à altura de semelhante aquisição.
Sem mais comentários arrematou e disse: “Gostei imenso da Dra. High altruísta.”
Também gostei de si.
Aliás, proveito também para dizer que gosto de todos vós sem qualquer excepção.
Vamos dar a mão, fechar os olhos e deixarmo-nos elevar no ar e flutuar num aparente desafio da gravidade. A levitação é vista como sinal de santidade e Deus meu, para santa só me falta a auréola!
Dr.ª High Heels (quase) santa