quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Muito amor para dar ( II )

Livro concluído! Pudera, com tantas ajudas! Obrigada, obrigada (já pareço a outra!).
Se o primeiro lançamento fora de um quarto andar, prevejo agora voos mais altos e queda maior. O quarto não me chega e o andar é outro. Com tantos ais, hum-hum, lambe-lambe, chupa-chupa que mais se poderia esperar?
Aguardo revisão de provas se bem que aquilo está mais que revisto e (a)provado! Modéstia à parte, poderá ser qualificado como material de primeira qualidade, conteúdo inédito, prosa eloquente!

Ah, grande prosápia, Highzinha, nem sei onde irás parar! No consultório do costume, claro, a aturar esquizofrénicos-psicóticos.

Não sei se ainda dos efeitos do “Muito amor para dar” ou se dos comprimidos cor-de-rosa que tomei mas sinto-me a levitar. Melhor será ficar por aqui e mais tarde voltar com notícias fresquinhas do lançamento do livro. Considerem-se convidados para o evento. Vestidos a rigor, os (a)pára-quedas ficarão por minha conta!

Dr.ª High Heels

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Muito amor pra dar

Cambada de caloteiros! Falam, falam e depois não pagam! Como raio há-de andar uma dótoura bem-disposta? E comprar mais um par de sapatos de salto alto para a sua já tão famosa colecção? Não pode!
Este aqui e ali também já foi chão que deu uvas!

Mas eu, que não tenho outra cabeça para atrapalhar, penso só com esta e bem!
E até já tenho solução para o meu problema: 500 páginas de asneiredo feio e grosso, muitos hum, hum, outros tantos ais, muitas lambidelas e chupa-chupa, amor e querido só para baralhar, pernas abertas e cuecas húmidas, reticências para fazer render a coisa, olhares de desejo e novamente mais reticências para prolongar a te(n)são!
Acabado e editado o livro, vai ser um ver se te avias de entrevistas na Sic e na TVI e de sessões de autógrafos nas catedrais de consumo, com a música de fundo sempre romântica do André Sardet, porque é de um romance que se trata!

Se por um qualquer remoto motivo o “Muito amor pra dar” não atingir a vigésima edição, ataco a segunda alternativa e redijo
perfil como este !
Não vendo livros, literatura de muita colidade diga-se de passagem, não aumento a minha rica colecção de sapatos mas arranjo alma gémea, porra! E “beijus melozos”! Precisará uma dótoura de mais alguma coisa nesta vida?

[ai Highzinha, filha, que até a mim me surpreendes!]

Se não for pedir muito façam o favor de contribuir, na caixa para o efeito, de muitos hummm querido(a), ai que bom, chupa-chupa, lambe-lambe que depois é só fazer copy/paste e não tarda estou na última página! Agradecida.


Dr.ª High Heels a escrever a trigésima quinta página

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Ataques, mau humor e massagens!

Se alguém me chamasse docinho de coco dava-me uma coisa má. Acabava logo tudo, antes ser corno do que coco em forma de doce, apre! Também nunca percebi porque raio tanto gostam as mulheres de massagens... E pior, ainda gostam mais de dar massagens. Xô, quero lá isso! Gosto pouco que me passem a mão pelo pêlo, vão massajar outro. É o que eu digo, mais vale ser corno. Este blog está muito soft romântico, argh! Volto noutro dia mais hard e divertido.

Um abraço...
shakermaker



Caro Shaker, bem sei que não lhe tenho dado a atenção que carece, mas não o julgava de tão mau humor!
Não percebo o que tem contra os docinhos de coco. Aliás, para serem perfeitos, só lhes falta um coraçãozinho no topo e de chocolate, de preferência.

Coloco a mesma pergunta: porque raio gostam tanto as mulheres de massagens? Seres estranhos. Ainda se fosse algo agradável!
Massajá-lo a si, meu caro, nem o ego! Quanto mais o pêlo!

Volte quando lhe apetecer, mas mais hard e divertido não o vai encontrar. Fui acometida por ataque de caspa súbito e assim de repente só me ocorre pintar o cabelo, de louro. E já agora, aproveito e pinto as unhas de vermelho. Para completar o cenário, ponho a leitura em dia e leio a Revista Marias há Muitas . E espero que passe. Nos intervalos, atendo leitores/pacientes amuados e de mau humor, limo as unhas, consulto o horóscopo e a meteorologia, dou dois dedos de conversa, experimento a lingerie comprada nos saldos, espreito pela janela e como continua a chover, volto para dentro. Para não voltar a repetir todo o processo e como nada mais de interessante me ocorre fazer, coço a c.......abeça! (porra, mais à caspa e à tinta que me estão a dar cabo do couro!


Dr.ª High Heels a tratar do couro e que cabeludo!
Espreite aqui!

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Valentim

– Ai, sinto-me tão romântica hoje, António!
– Hum, não me digas minha querida, será da chuva?
– Quer dizer...está molhada, mas não creio.
– Ah, já sei, é quarta-feira!
– Pois, quarta-feira é um dia romântico!
– Ninguém diria, Highzinha, costumas estar insuportável!
– Insuportável eu, António? Uma criatura tão romântica?
– Highzinha, deixa-te de rodeios, minha querida, esqueci-me de alguma coisa importante?
– Olha, meu docinho de coco, queres surpreender a tua dótoura preferida?
– Vai ser difícil...
– Mas não é impossível!
– Já não sei se estou a gostar desta conversa...
– Olha, nem eu! Cala-te e faz-me uma massagem! Para que raio queres tu o óleo que compraste?
– Boa, Highzinha! Mas estás proibida de adormecer!
– Adormecer, eu, romântica como estou?
– Ai a porra que este romantismo todo já me começa a fazer comichões!
– Olha, coça-lhe! Não contes comigo!
– Eu sabia que isto ia acabar mal!
– Ainda nem começou!
– Chiça, mulher mais complicada, por que raio gosto eu tanto dela?
– Sou irresistível! E já agora, queres ser o meu Valentim?

Dr.ª High Heels em conversas com o Valentim

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Nightmare!

– Então o que o traz por cá, Aníbal?
– Não ando bem, dótoura.
– Ora conte lá…
– Tenho tido uns sonhos…
– E que mal tem isso, homem?
– Estes são constrangedores.
– Explique-se lá melhor.
– Tenho sonhado consigo, dótoura.
– Não vejo mal nenhum nisso, Aníbal.
– Pois, mas isso é porque a dótoura não sabe o que se passa nos meus sonhos.
– Oh, diabo! Vamos lá esmiuçar melhor a coisa...
– Mais, dótoura? Ando esmiuçadinho de todo, acordo cansado, sem energias. E a minha Maria não anda a gostar nada disso.
– Hum?!?
– Até já me proibiu de vir às consultas.
– Acalme-se, homem e explique-me tudo direitinho para que o possa ajudar.
– A dótoura todas as noites me obriga a polir os seus ricos sapatinhos de salto alto e ainda só vou no quadragésimo primeiro. Ainda me falta acabar esse par. Se aquilo que falam da sua colecção corresponder à verdade, ainda tenho trabalho para muitas noites!
– Hã?!?
– E a minha Maria diz que passo as noites a gritar: Está quase, dótoura, está quase...já viu o inferno?


Dr.ª High Heels em conversas com o Aníbal

domingo, fevereiro 04, 2007

Ó Diabo!

– Ai que injustiça, devil, eu uma criatura tão açucarada e fui apelidada de altiva, fria, cruel e distante!
– Não acredito. Que calúnia!
– Podes crer. Mas o problema reside no disfarce de super-dótoura e nos saltos altos.
– Como assim, Highzinha?
– Se os tirar até o meu tom de voz é diferente.
– Sim, Kiduxa, tira tudo para experimentarmos.
– Pronto, já despi o disfarce. Não estou muito mais querida?
– Ai, Highzinha, se estás, muito mais!
– Reparaste na minha voz?
– Voz?!?
– Sim, devil, não está muito mais suave e sensual?
– Ah, pois, pois, sem dúvida.
– Olha, e os sapatos, tiro?
– Highzinha, por mim estás à vontade mas se fosse a ti não perdia tempo com futilidades. Vamos direitos ao assunto?
– Direitos ao assunto, devil?
– Não te faças de parva, Highzinha, que já tirei o fato de “Devil” e se não começo o aquecimento ainda morro congelado!
– Que subtil, devil, brincar contigo ao Carnaval é sempre um prazer!
Dr.ª High Heels em conversas com o demónio
Espreite aqui!

sábado, fevereiro 03, 2007

Coffee, please!

...fechei o consultório, liguei o aquecimento, esparramei-me no sofá e fiz por esquecer de tudo.

Entretanto passaram uns dias e eu nesta letargia. Olhava para o disfarce de super-dótoura e não me apetecia!

Hoje dei-me conta que o sol brilhava, a despensa estava vazia e havia necessidade de tomar uma decisão. À falta do café, uma decisão ou outra até fazem maravilhas!

Banho tomado, roupa escolhida, combinação do sapato com a carteira e olhei-me no espelho. Faltava qualquer coisa. O sol e a decisão pediam mais: bendita caixinha da saúde que fazes milagres! Depois, perfume a condizer com o dia e enfrentei o sol.
Cumprimentei-o, ele sorriu e acariciou-me. Que bem que me soube. É certo que já o senti mais quente e mais ousado. Alturas houve em que apenas com um breve olhar me despiu de roupas e preconceitos, outras ainda que ao acordar e o sentir por perto me fez abraçar o mundo. Sim, não vivo sem ele. E, sim, hoje voltei a senti-lo em mim. De saltos altos, devidamente arranjada e perfumada enfrentei o frio, afoita dirigi-me à pastelaria mais próxima e pedi:

- Quero um café, por favor, e cheio!

Que se lixe o resto das decisões mas sem café não vou a lado nenhum!

(...)

- Dótoura, que lhe aconteceu, há uns dias que não a via, o consultório sempre fechado... aconteceu-lhe alguma coisa?
- Ó Sr.Manuel estou com cara de me ter acontecido algo?
- Não, na verdade está com muito bom aspecto, diria mais...
- Não diga, homem! Poupe-me, ainda agora tomei o primeiro café....


Dr.ª High Heels de consultório aberto, again!